Já andaram perguntando por aí sobre se vou utilizar suspensão dianteira ou não. Olha, a princípio pensava em colocar a suspensão dianteira que tenho na minha MTB de trilha, uma Pro Shock Ultra (guerreira pra caralho, diga-se de passagem!!!). Mas depois de ter feito o roteiro preliminar (o definitivo está a caminho) deu pra ver que a quantidade de estradas que não são asfaltadas corresponde a uma porcentagem pequena em relação ao total. Nos 5000 km da viagem de ida, me parece que menos de 10% é de rípio (rípio é o equivalente a nossa popular estrada de terra ou de chão batido). Na volta, já muda de figura, mas mesmo assim as estradas asfaltadas são a maioria da quilometragem. Soma-se a isso o fato de que os trabalhos de asfaltamento, principalmente da Ruta 40 (a que usarei no retorno), são relatados por vários motociclistas.
Mas essa (suspensão ou não) é uma escolha que vou tomar depois do roteiro pronto e minutos antes de começar a soldar os tubos para a confecção dos bagageiros...rsrsrs
Uma outra escolha que está intimamente relacionada ao tipo de pavimento é a dos pneus. Para a ida, calcei a magrela com pneus Michelin Transworld 26 x 1.50 , ou seja, um pneu bem estreito. Já que até Ushuaia é mais de 90% asfalto, optei por pneus mais “tocadores”(eles aguentam até 85 psi). Acredito que depois de 5000 km os pneus estejam já próximos ao “bagaço”, sendo que já li relatos de que esse modelo chega aos 9000 km.
Como o retorno tem mais estrada de rípio, e já terei algumas impressões de como é andar com pneus 1.50 nesse tipo de estrada, deixo pra fazer a escolha da compra dos pneus do retorno lá “por baixo” mesmo, mas acredito que aí vá trocar por uns mais largos.
Quanto ao conjunto de rodas aqui vão às especificações:
Aros Vzan Extreme (32 furos);
Raios de Inox “Ching-Ling”
Cubos Novatec com rolamentos fechados
Alguns comentários sobre as rodas. A escolha dos aros se deu devido à experiência com estes no uso em minha MTB. Tem uma ótima relação custo benefício. Os cubos comprei via ebay, saíram bem em conta e parecem ser bastante robustos. Ainda vou desmontá-los pra ver se vieram com rolamentos de qualidade, ou porcarias feitas na China ou Rússia (berço de fabricantes “chinelões” de rolamentos). E mesmo porque preciso ver a numeração destes pra levar dois reservas.
Dei preferência por estes cubos justamente por usarem rolamentos padronizados. O sistema da Shimano de bacia+cone+esferas é um treco do tempo da pedra. E no momento que fode uma bacia ou cone, tu nunca mais terás um cubo em plena forma!!!
Os raios são um ponto ainda a serem revistos, ao menos os da roda traseira que são mais exigidos. A idéia inicial era colocar raios da marca DT Swiss, mas no final acabei colocando uns de inox marca diabo por não encontrar raios DT por um preço racional em lojas brasileiras (eles, os lojistas e/ou distribuidores, nos obrigam a buscar peças lá fora com a “política” de preços que seguem). Na minha bike speed tive muito problema de quebra de raios na roda dianteira. A solução foi a colocação de raios da DT. Nunca mais encheu o saco!!!
Acho que seria interessante dizer que já trabalhei como mecânico de bicicletas (lá pelos idos de 1998), e nas minhas magrelas ninguém põe a mão a não ser eu mesmo. Seja para uma simples regulagem, até a raiação das rodas.
Bom, vou lá continuar o roteiro......
4 comentários:
muy bonito es el.
gracias. muy bueno.
Ricardo, primeiramente quero te parabenizar por esta iniciativa do caralho!!!!!
Fica-me a vontade de transpor os confins austrais junto a ti, mas só a vontade. hehehehe
Desejo-te sorte, porque o resto sei que vc já tem.
vai, ser errante, bons pedais por essas longínquas terras.
sucesso e grande abraço
Engraçado como quando a gente anda poucos quilômetros não dá bola p/ a durabilidade dos componentes.
Meu ciclo-computador que adquiri lá pelo ano 2000 marca hj uns 22 mil kms rodados e de lá pra cá já foram 6 quadros, 5 pares de rodas, 4 suspensões...
Sempre achei os componentes muito resistentes (peso 96kg), mas olhando na quilometragem geral, praticamente não pedalei nada.
:)
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