quarta-feira, 30 de julho de 2008

Quadros de aço



Meu objetivo com esse blog não é apenas o de ficar mostrando fotos de paisagens bonitas (isso tem de monte pela internet, é só procurar!), é o de mostrar um pouco do planejamento quanto à escolha dos equipamentos necessários para uma empreitada destas.
Vou começar então pelo item principal que é o quadro da bicicleta! Para uma ciclo viagem deste tamanho optei por utilizar um bike com quadro de aço Cromo-molibdênio. Os motivos principais são dois. Primeiro, e principal, se refere à facilidade de conserto no caso de quebra do quadro. Um quadro em aço pode ser soldado com maquinário relativamente simples, encontrado nas melhores (e piores) oficinas de fundo de quintal desse mundo a fora! E após a soldagem não há necessidade de nenhum tipo de tratamento térmico para garantir a eficácia do “remendo”.
Um quadro em alumínio já é um pepino maior, vendo que além de maquinário mais difícil de encontrar, a maioria das ligas de alumínio com as quais são feitas quadros de bicicleta, necessita tratamento térmico após a soldagem. É um processo complexo que não dá pra ser feito no fogão à lenha da sua vó... rsrsrs
O segundo ponto que pesa na escolha de um quadro em aço é quanto ao seu conforto, em relação a um quadro em alumínio, que é bem maior.
Alguém poderá cogitar que conhece muitos ciclistas que utilizam quadros de alumínio e nunca tiveram problema algum de quebra. O caso é que ponderando os meus 88 kg, mais a bagagem toda (que nem faço idéia de quantos quilos serão!), e contabilizando os 3 quadros de alumínio que tive, que viraram latinhas de refrigerante, com certeza a opção pelo aço cromo-molibdênio é a mais acertada!!!!
Bom, depois de algum tempo de procura acabei achando um bike marca GT com quadro em cromo. Deve ser uma bike do início dos anos 90. Dela só peguei o quadro mesmo. Com as peças montei uma outra bicicleta que foi vendida.
A primeira providência foi reforçar as soldas que prendem os suportes onde são presos o bagageiro traseiro, fazer e soldar os terminais onde vão os conduítes do freio traseiro, uma vez que ela era equipada com Cantilevers e agora será usado freios tipo V-brake.
Feito isso, jato de areia e uma boa pintura epóxi pra completar!!

5 comentários:

Anônimo disse...

rapaz... nunca tinha pensado nessa vantagem do quadro de cromo.
Mas, uma pergunta: nem uma suspensão dianteira pra aliviar os braços?

Seu trajeto envolve muita estrada de chão (começando no retorno de ushuaia). Um pouco de conforto não seria nada mal, não?

Hélder

Unknown disse...

Ricardo, acha uma boa o quadro de cromo, quanto a suspensão eu não colocaria por 3 motivos, 1 a maior parte do trajeto é asfalto (como você falou), 2 pode facilitar a colocação de alforje dianteiro, mais peso etc., 3 é um ponto a menos para dar defeito, por melhor que ela seja são mais de 13,000 Km com peso pesado.

Boa sorte

Guilherme disse...

Bem pensado.

com menos de 10 mil kms no meu Cateye, já se foram 3 quadros de alumínio :(

Vitor Lécio disse...

Uma pergunta...esse seu quadro é over?
Digo isso por ser do início da década de 90 e pelas fotos eu fiquei em dúvida também.

Abraço e parabéns...inpirador isso tudo.

Ricardo Brüggmann Mühle disse...

O quadro é over sim!
Abraço.